"Cometa do Diabo": fenômeno celeste poderá ser observado no Brasil neste domingo
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Foto: Nasa / DIvulgação -
Cometa 12P/Pons-Brooks, conhecido por sua brilhante cauda em forma de chifres, estará mais próximo do sol, oferecendo um espetáculo astronômico aos observadores
Os céus brasileiros serão palco de um espetáculo celestial neste domingo (21), com a aproximação do cometa 12P/Pons-Brooks, popularmente conhecido como "Cometa do Diabo". Este astro, já avistado por observadores nos últimos dias, estará em seu ponto mais próximo do sol neste fim de semana, tornando-se ainda mais visível aos olhos dos entusiastas da astronomia.
De acordo com informações do Observatório Nacional, desde o início de abril, observadores na região Nordeste do Brasil têm sido agraciados com registros da passagem do cometa. No entanto, foi na noite da última quinta-feira (18) que os moradores do Litoral Norte do Rio Grande do Sul tiveram a oportunidade de contemplar o fenômeno, após dias de chuva e tempo fechado na região.
Com aproximadamente três vezes o tamanho do Monte Everest, o cometa 12P/Pons-Brooks apresenta um diâmetro de cerca de 29 quilômetros e exibe uma cauda em forma de chifres, resultado da ejeção de gelo e gás que o caracteriza como um "vulcão frio".
Embora não seja garantido que o cometa seja visível a olho nu devido à imprevisibilidade do brilho desses corpos celestes, o astrônomo Dr. Filipe Monteiro, do Observatório Nacional, sugere o uso de binóculos ou telescópios para uma observação mais detalhada.
Além disso, Monteiro ressalta que a presença da Lua cheia no dia 23 de abril pode dificultar a observação do cometa, já que o brilho lunar tende a ofuscar outros corpos celestes. Dessa forma, os observadores terão uma janela de oportunidade mais favorável algumas noites antes e após a lua cheia.
A origem do apelido "Cometa do Diabo" remonta a uma observação realizada em 20 de julho de 2023 pelo astrônomo Elek Tamás, do Observatório Harsona na Hungria. Nessa ocasião, uma explosão inesperada aumentou significativamente o brilho do cometa, distorcendo sua coma em forma de chifres e gerando especulações sobre sua aparência, que chegou a ser comparada à nave Millennium Falcon da franquia Star Wars.
A peculiaridade da forma do cometa tem despertado o interesse de astrônomos, que investigam as possíveis causas dos "chifres" em sua cauda, levantando hipóteses como desigualdades na ejeção de gás e poeira ou efeitos de sombra causados pela topografia do próprio cometa.
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